segunda-feira, 27 de junho de 2011

Elevações em Pino(iniciante)

Autor: Jim Bathurst

Hoje vamos olhar para o desenvolvimento de flexões em pino contra a parede. O primeiro passo é obviamente fazeres um pino contra a parede. Se este é já um passo muito grande, tenta iniciar com o pino de cabeça até te sentires confortável de cabeça para baixo.




COMEÇAR
Deves ser capaz de realizar esta posição em pino contra a parede por pelo menos 15 segundos antes de começares a trabalhar as flexões em pino.
Quando conseguires aguentar o pino de forma estática por um certo tempo, coloca uma almofada entre as mãos. Deves agora ir baixando o corpo LENTAMENTE até ao chão. Por favor não mergulhes de cabeça pelo chão dentro! Quando chegares abaixo coloca os pés no chão, em seguida, volta a colocar-te em pino e repete o movimento.

A parte excêntrica (descida, ou, fase negativa) das repetições irá ajudar-te a desenvolver a força necessária para realizares o movimento. Durante as fases negativas das repetições, podes dar aproveitar para parar-te em várias posições e alturas ao longo da descida, bem como a empurrar-te para cima apenas alguns centímetros , em vez de toda a subida.

Portanto, recapitulando os 3 métodos para o ganho de força nas flexões são:
  • Desce lentamente o corpo;
  • Para e mantém-te em vários pontos;
  • Experimenta subir em distâncias curtas
Fazendo poucas repetições e dando a alguns minutos de descanso entre as séries vai ajudar-te a ganhar força nos ombros. De qualquer forma podes preferir encaixar este treino na tua actividade diária de forma diferente. Com prática, vais ganhar força suficiente para desceres completamente e conseguires voltar a subir. Parabéns, já está uma flexão em pino feita.
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EXERCÍCIOS PROGRESSIVOS
Se procuras um exercício diferente da fase excêntrica na flexão em pino, existem vários outros que podem ajudar-te a criar força de ombros. Nada muito de revolucionário, apenas diferentes formas de trabalhar os braços e ombros.

O primeiro exercício é simplesmente de começar a elevar os pés na posição de flexão. Podes começar por colocar os pés numa cadeira, e ir aumentando para uma secretária ou algo mais alto. Quanto mais alto estiverem os pés maior será a carga nos teus ombros.

Eu também recomendo tentar as flexões com as mãos ao lado, inclinado para a frente sobre as mãos. Irás sentir que isto te irá colocar uma grande pressão nos tricipetes e ombros. Esta é também uma excelente variação de flexão para te ajudar nas tuas planches. Podes também elevar os pés neste exercício.

O último exercício que referi como uma "flexão de tigre". Começa com os teus calcanhares contra a parede, e depois baixa as mãos e coloca-as no chão uns quantos pés a frente dos teus pés. Deves parecer-te como um "V" de pernas-para-o-ar.

Irás reparar que o teu tronco está em posição de trabalho de ombros. Agora podes executar flexões nesta posição, a qual irá trabalhar os teus ombros, mas que vai colocar menos pressão do que uma flexão normal e completa. Treina de forma a ires elevando os pés neste exercício de forma a aumentares o peso corporal nas flexões aumentando assim a dificuldade.

Agora, a pergunta óbvia - será que não posso apenas trabalhar as minhas flexões militares no ginásio? Claro que podes. Eu próprio adoro fazer flexões de ombro bastante pesadas. Mas coloca-te contra a parede e treina as flexões logo que seja possível. Isso vai ajudar-te a habituares-te a realizares a flexão estando de cabeça para baixo, que é uma sensação diferente de levantar pesos, e será útil para outras habilidades.

Porque desistimos ?



Por que desistimos?
Quando os treinos são muito duros tendemos a desistir, uma voz na nossa cabeça fica nos dizendo a cada segundo: “depois disso eu paro”. Alguns ouvem a voz outros ignoram e seguem em frente. A diferença entre quem continua e quem desiste é nítida não só em resultados, mas em postura e compreensão do preço pago por cada uma das habilidades novas.
Quantas vezes durante a corrida, você não pensou que depois daquele poste de luz você ia parar? que depois da terceira série de flexões você ia parar porque não dava mais? que depois da 20a repetição você ia pra casa, que já estava bom? isso acontece o tempo todo com todo mundo.
Criamos limites na nossa mente o tempo todo, e que tentam determinar quando desistir, quando deixar de fazer algo, é como uma forma de auto-proteção. Temos medo de ficar muito dolorido depois, de não conseguir treinar movimentação depois do treino físico, de ter que passar 3 dias para treinar de novo por causa das dores, temos medo de muitas coisas que nos dizem para parar.
Mas não só o medo, temos pena de nós mesmos, sempre achamos que estamos nos esforçando demais, dando tudo de nós, temos pena quando vemos outras pessoas fazendo, e assim temos pena quando fazemos, e assim queremos parar. Tudo num treino nos diz para parar, a pessoa que guia os treinos quer nos ver caído no chão e dizer que não conseguiu, a pessoa que está do nosso lado quer nos intimidar dizendo que o treino está fácil, nós com nossa auto-piedade continuamos nos dizendo que está muito duro, que não vamos agüentar. Todo o tempo tudo nós diz para parar.
Devemos treinar um dia de cada vez, fazer tudo que pudermos hoje, sem se importar com o próximo, treine como se fosse seu ultimo treino. Não se importe com o amanha, com as dores, com o cansaço, se o corpo falhar, pare, respire, vomite se precisar, lave a boca, e volte pro treino. O Importante é não desistir.  Quando desistimos num treino, não estamos desistindo do treino, estamos desistindo de nós mesmos.
Por isso “cultivar” o espirito da “brutalidade” é importante para nós, Para quem treina qualquer modalidade esportiva. Não só ser destaque é o objetivo do treino mais pesado, não é a melhora física, muito menos a melhora técnica. O Maior ganho da “brutalidade” é psicológico, é entender do que somos capazes, aonde podemos chegar.
Gostaria de que todos que não ouviram o podkast por achar que o assunto foge do seu interesse, pense que é uma oportunidade para ver o assunto de uma perspectiva diferente, divertida e nunca é tarde para ser bruto!

Sou velho demais ?



Parkour é uma atividade que não depende da idade, a habilidade de passar obstáculos pode ser obtida em qualquer idade, crianças brincam disso desde que começam a aprender a andar, é natural, é instintivo.
No Parkour treinamos subir em muros, descer sem se machucar, fortalecer o corpo, correr, pular, nadar, tudo pode ser um obstáculo lá fora. Pessoas diferentes tem possibilidades diferentes. Tudo é uma questão de adaptação.
Pessoas mais velhas tem as juntas desgastadas pelo tempo e podem sofrer mais com impacto, ou podem precisar de um pouco mais de treino por causa do medo e hesitação quanto a se machucar, o que é absolutamente normal. Pessoas mais novas tem menos medo e se arriscam mais.
A Resposta para a pergunta vai ser sempre a mesma, nunca é tarde demais para começar, tenha em mente suas metas, saiba o que quer fazer, e corra atrás disso.
A Pessoas mais novas devem se preocupar com o senso de responsabilidade, medo demais pode ser um problema, medo de menos pode ser um problema maior ainda, não se machuquem atoa.
Bons Treinos

domingo, 26 de junho de 2011

Preconceito contra Parkour e Tracers ?


Quem nunca foi impedido de treinar em algum lugar? alguma área comercial? um prédio residencial? ou até foi hostilizado por alguém no meio da rua? Muita gente diz sofrer de preconceito por praticar Parkour, mas vamos entender direito isso…
Vamos aceitar, a sociedade está ai muuuuito antes da gente calçar nossos tênis e sair por ai subindo paredes, pulando dos muros, e equilibrando nos corrimãos das escadas, nós destoamos o cenário, e precisamos ter muito cuidado quando fazemos isso.
Temos o instinto de nos revoltar e berrar aos ventos que estamos no nosso direito de ir e vir, e que podemos estar ali utilizando o espaço tanto quanto as pessoas que estão apenas, nas passando – E SIM TEMOS ESSE DIREITO – mas devemos lembrar também que vivemos numa sociedade civilizada, e que nosso direito começa aonde o do outro acaba, todos temos nossas obrigações, e nossos deveres dentro dessa sociedade, e como Parkour nós somos os diferentes, então nós temos que provar que não estamos ali para fazer bagunça, e sim para nos divertir, treinar, e aproveitar o dia da nossa maneira.
Nos vestimos diferente, normalmente não estamos bem arrumados quando estamos treinando, nossas roupas estão sujas, nossas mãos quase preta, normalmente mesclando uma mistura de asfalto, poeira negra, e sangue. Nosso rosto pinga suor, estamos distante daquela correria que está acontecendo, não estamos nos preocupando com absolutamente nada além do que estamos fazendo, é como uma meditação zen-budista, um estado de espirito que encontramos através do treino, isso é o que sentimos, o que somos, mas as outras pessoas não sabem disso.
Se não tratarmos os guardas que reclamam da nossa presença com educação, seremos vistos como arruaceiros, que discutem com guardas, se não tratarmos os senhores mais velhos que vem reclamar do que estamos fazendo, seremos vistos como agressores de pessoas mais velhas, se sujarmos o lugar onde treinamos, deixando garrafas de água, papeis, sacos plásticos e embalagens  seremos visto como bagunceiros e nossa presença será sempre vista como hostil, ai sim, seremos marginalizados e existirá um preconceito contra a gente.
Temos que mostrar que somos educados, diferentes, que aceitamos críticas e que não nos perturbamos com broncas. Conversamos como adultos, e explicamos o que estamos fazendo, mudamos de local de treino se for necessário, não discutir, e não brigar deve ser uma prática comum no nosso mundo, só assim as pessoas nos respeitarão no futuro. Nosso visual durante o treino é agressivo, não demonstra poder aquisitivo, classe social, nível de escolaridade, e nem preocupação com a imagem. Somos facilmente confundidos com pichadores, usuários de drogas, e outras “tribos” que se reúnem em grupo pelo meio da rua, raramente pessoas ficam no meio da rua atoa.
Inicialmente pode não fazer diferença, mas num futuro isso se tornará o diferencial entre o Parkour, e outras atividades praticadas na rua, respeitar o próximo, com educação, e dando o devido espaço, cada um no seu lugar, cada um no seu jeito.
Respeitem as pessoas a sua volta, a gente precisa dar respeito, para receber esse respeito de volta. O Preconceito existe quando as pessoas não nos entendem, precisamos mostrar quem somos, e que não somos um problema para a sociedade moderna, e sim uma solução.
Abraços!

O bambu chines e seu crescimento




Pensando a respeito de nossas ações na Movimente, acabei me deparando
com um texto sobre o peculiar crescimento do bambu chinês.
Após sua semente ser plantada, apenas poderemos ver o lento
desabrochar de um pequeno broto a partir do bulbo. Durante
aproximadamente 5 anos o crescimento é invisível e subterrâneo. Mal se
imagina que uma raiz maciça e fibrosa, que se estende na vertical e na
horizontal, está sendo formada.
Mas no final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros.
Esse fato é relatado pelo escritor Stephen Covey, que compara essa
peculiaridade a coisas de nossa vida. Da mesma forma que ele fez,
pretendo comparar esse fato a nossa evolução, seja no parkour ou em
qualquer campo de nossa vida.
Se hoje estamos nos dedicando, trabalhando, esforçando, investindo
nosso tempo em algum projeto sem ver o crescimento que gostaríamos, é
porquê o nosso quinto ano ainda não chegou e uma base sólida e firme
está sendo formada. Se agora não vislumbramos nosso crescimento
devemos continuar persistindo e nutrindo nossos projetos. Quando o
momento do crescimento exponencial chegar a base estará pronta para
resistir aos ventos. Ai sim virá a esperada mudança.
Com isso lembrei de uma frase de não sei quem, que vi não sei onde:
A paciência é uma arvore. Poucos conhecem o doce sabor de seus frutos.
Treinem e façam tudo em suas vidas com paciência.

Parkour,e o incentivo


Meu ponto nesse texto não é dizer o que é certo ou o que é errado, mas ajudar a entender  o comportamento humano, e que alguns querem competir, outros querem uma faixa preta, outros querem ter 1 milhão de views e “joinhas” no youtube. Tudo isso tem um motivo único.
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Seres humanos são guiados por instintos, e nossos instintos respondem automaticamente a recompensas, normalmente chamado de “incentivos“.
Parkour é uma arte linda e complexa, que pode demorar alguns meses ou vários anos para se “masterizar“, e o tempo que vamos demorar para aprender não depende apenas da quantidade de tempos que passamos treinando, como sabemos, cada ser humano tem seu tempo, sua genética, e sua habilidade para determinados tipos de coisas, nem todos aprendemos tudo da mesma forma com a mesma velocidade.
Parkour por sua vez é uma atividade com um altíssimo numero de desistentes, conheço zilhões de pessoas que começaram treinaram um determinado tempo, e mesmo ainda apaixonado pela atividade, simplesmente não se sentem estimuladas a saírem para treinar, e acabam deixando de lado a prática. Pela minha experiência, quanto mais rápido a pessoa se torna “habilidosa” dentro do Parkour e se destaca por um “talento natural”, mais rápido essa pessoa vai sentir vontade de parar, pela falta de “desafios”.
Todos nós gostamos de dizer que devemos treinar por nós mesmos, mas como disse ali em cima, nossa natureza acha que isso não é o suficiente por isso acabamos procurando algum tipo de recompensa em tudo. Algumas pessoas procuram recompensas a longo prazo, continuam treinando porque demoraram anos para conseguirem as habilidades que possuem, e valorizam isso muito, então sua motivação é preservar o que deu tanto trabalho, outros conseguem treinar simplesmente pensando em saúde, e bem estar que o treino proporciona. Todo o resto precisa de mais que isso.
Numa comparação não muito parecida temos as artes marciais.  Dentro das artes marciais, as pessoas permanecem treinando por três motivos: Titulos, Competições, Saúde/Bem Estar. Muitas pessoas continuam treinando buscando suas graduações, e isso faz com que a pessoa tire 1 a 2 horas do seu dia, todos os dias, e vá até uma academia treinar e aprender alguma coisa. Outra fatia considerável é formada pelo pessoal que gosta de competir, se sentem desafiados, e treinam normalmente 5x mais do que as pessoas que treinam ou por saúde, ou por graduação, o incentivo dele é maior, uma medalha de ouro (??).
Uma outra comparação é quanto a graduação: Artes Japonesas quando eram apenas praticadas por militares, ou por guerreiros pessoas focadas no treinamento e no aprendizado das técnicas possuíam apenas duas graduações: Faixa Branca ou Faixa Preta. Com o passar do tempo foi desenvolvido o famoso sistema de cores(Jigoro Kano, Judo), influenciando por exemplo o taekwondo, que instituiu oficialmente quando trouxeram para o ocidente onde o numero de “cores” subiu de 4 para 10. Os ocidentais precisam ver para continuarem motivados é o incentivo que conta, sempre.
Em tudo que fazemos na vida fazemos em troca de incentivos, e no Parkour não possuímos nem competições, nem graduações, o que acaba afastando os praticantes menos assíduos da prática por não terem como ver sua evolução, mensurar isso de alguma forma, e não existirem competições oficiais, onde pessoas treinam para fazer parte de uma seleção, competir um campeonato regional, e quem sabe passar na seletiva para o mundial.
Não to dizendo que é certo ou errado, mas que o aparecimento de competições, e graduações é um caminho muito provavel para o parkour, para manter a pessoa treinando por mais tempo ou simplesmente por conseguir fornecer um objetivo palpável a curto prazo. Para alguns ser forte, ter saúde, e possuir a habilidade de ajudar as pessoas não é o suficiente

Saindo do sedentarismo[ciclo negativo]



Muitas pessoas não praticam exercícios. Seus motivos são variados, mas
podemos pontuar duas possibilidades básicas: a falta de tempo e o
cansaço. Logo, com seus motivos estabelecidos, o sedentário entra no
que podemos chamar de Ciclo Negativo. Nesse Ciclo o indivíduo cansado
ou sem tempo não treina, conseqüentemente, reduz suas capacidades
físicas e mentais, ficando menos funcional por uma ausência de
estímulo. Com o passar do tempo, passa a se cansar cada vez mais
facilmente, podendo levar mais tempo para concluir uma tarefa, pois
durante esse tempo sem estímulo, seu suprimento de energia se tornou
cada vez mais limitado, gerando falta de ânimo e o reinício do mesmo
ciclo. Com o passar de meses e anos, a situação se agrava ainda mais.
Essas duas possibilidades são congruentes no termo “Falta de
iniciativa”.
Pois então, se você é sedentário e não quer permanecer nessa situação,
há uma enorme infinidade de atividades em que você pode ingressar
(parkour é uma delas). Para escolher uma atividade, procure por
informações, pessoas sérias que pratiquem há mais tempo, e aulas
experimentais, para que possa então examinar se há alguma afinidade.
Mas não reduza sua escolha apenas pelo primeiro contato. Pois é lógico
que não vai chegar em sua aula de parkour e “ownar*” o seu instrutor,
e ser indisciplinado apenas fará com que você não realize atividade
alguma. (Se estava pensando assim, recomendo que retorne ao primeiro
post desse blog e leia um post por dia!).
Um fator importante, não só a escolha da atividade, mas também para
definir como você vai vivenciá-la, é estabelecer seus MOTIVOS. Se você
escolheu ingressar no Parkour, defina o que pretende ganhar e saiba o
que certamente irá perder. Claro que há escolhas lógicas! Como quando
você escolheu ter uma vida mais saudável, no pacote veio: boa
alimentação, exercícios, bom sono, etc. Mas há escolhas mais
especializadas que podemos chamar de metas, por exemplo: “Quero correr
40 km todos os dias!” Logo vou estimular mais as fibras curtas e menos
as longas, ficando com um corpo mais esguio e definido.
Mas se você pretende mesmo correr 40km todos os dias, tem que estar
atento ao fator “tempo”. Na nossa vida podemos definir como treino
ideal um treino intenso e de curta duração, gerando o máximo
aproveitamento. Para solucionar esse problema devemos nos organizar. O
homem inventou um item com a finalidade de facilitar essa organização.
Chama-se “Agenda”. Use-a da melhor forma possível e anote tudo,
dividindo o seu dia em fatias, com horário de início e fim de cada
atividade. Defina até mesmo o sono e o descanso.
Se você já viu seus motivos, escolheu suas atividades, definiu suas
metas, e organizou o seu tempo, está na hora de saber que: Não vai ser
fácil! Pois para chegar ao Ciclo Positivo será necessária uma intensa
força de vontade no movimento inicial. Na busca por sair do “ponto
inicial”, devemos procurar nos sentir com energia para treinar e volta
a treinar nos dias seguintes. Lentamente acabará se tornando mais
ativo. Sendo mais funcional e mais capaz, e aumentando sua capacidade
física, efetuará suas atividades diárias com pequena parte de suas
capacidades gerais, sobrando uma reserva energética superior àquela
que tinha quando não treinava.
  1. Ownar*: Vencer facilmente, mostrar como se faz, destruir, esmagar.

O parkour que você deveria procurar


Eu acredito que poderia transformar este post em algo bem mais especifico, e talvez faça isso depois. Vim pensando na quantidade de habilidades que adquiri a partir do Parkour e que em nenhuma outra disciplina eu vi acontecer, algo que está presente no mindset(1) do Parkour, e que faz com que toda nossa experiência seja muito maior do que simplesmente atravessar um percurso de um ponto a outro, maior do que subir muros, maior do que tudo o que normalmente buscamos dentro do parkour, e isso é o que deveríamos buscar verdadeiramente.
Parkour é uma atividade apaixonante, poucas pessoas que se aventuram em um treino de Parkour (eu falo TREINO, de verdade sabe?) não entram de cabeça buscando o máximo de informação possível, e talvez todas essas habilidades façam parte do pacote inicial que encanta tanto os novatos, e que passam despercebidas pela falta de abordagem relativa a isso, tudo isso que vou falar, já vi alguém citando, mas resolvi fazer minha própria síntese.
existem coisas muito importantes: o toque, a sensibilidade, e o condicionamento físico
Stephane Vigroux
Awareness(2)
No Parkour essa sensação é notável desde o inicio, quando se aprende os primeiros movimentos, e começamos a fazer os primeiros saltos, rapidamente começamos a associar o mundo exterior com essa liberdade de se movimentar pelas estruturas disponíveis na rua, pelo que antes passávamos e não percebíamos. Tudo isso gera um estado constante de observação, de percepção. Vemos coisas que o resto do mundo normalmente ignora, esquece, deixa pra trás.
Lembro claramente das minhas primeiras semanas de parkour, que deixei de andar olhando pra frente e comecei a olhar tudo ao meu redor, o topo dos prédios, imaginar a distancia que teria de uma ponta a outra, quanto eu precisaria treinar para conseguir, qual seria a sensação de fazer cada um dos saltos que eu via. Procurava a todo instante pontos que pudessem servir de obstáculo, situações que pudessem exigir algum tipo de habilidade. E este relato se repete a cada novo praticante que vejo começando no Parkour. Nós vemos uma cidade diferente, da forma que um cidadão comum vê, e se não vê, ainda não sabe o que é o Parkour.
Com o passar do tempo esta forma de procurar obstáculos ao seu redor é substituído por uma noção de emergência, uma forma de imaginar sempre “por onde eu iria sair se acontecesse alguma coisa aqui?”, então você acaba se tornando mais atento para tudo que está ao seu redor a todo momento, e normalmente com um bom plano de fuga para se alguma situação ímpar acontecer. É algo natural, e normalmente é feito como uma brincadeira mental, formulando planos, e estratégias em sua própria ficção mental.
Outra percepção que adquirimos é uma noção bem particular de distância, sabemos com um simples olhar se conseguimos ou não alcançar algum ponto. Sabemos com o olhar as distâncias medidas com nossos próprios pés, “Daqui até aquela parede tem 9 pés”, não adianta, a gente sempre acerta. Esse tipo de noção foi amplificado quando paramos de medir, associamos essa necessidade com a possibilidade de uma emergência, e passamos a simplesmente olhar e saber. Tracers são máquinas de cálculos visuais.
O toque e a sensibilidade
Existe uma habilidade adquirida que é fantástica, e que fui apenas perceber quando um amigo me disse para treinar isso ativamente e não simplesmente deixar acontecer. A capacidade de saber exatamente a textura, a consistência, a capacidade de aderência, e a integridade de uma superfície sem nunca ter tocado.
Sabemos que muros chapiscados aderem demais, e que se chegarmos com muita força provavelmente vamos machucar os pés. Muros brancos pintados de cal aparentemente são aderentes, mas quando os pés tocam a parede deslizam rapidamente para baixo. Sabemos que alguns tipos de arvores tem galhos finos porém super resistentes, e que alguns galhos aparentam bastante rigidez mas quebram facilmente com qualquer força sobre ele. Necessitamos o tempo todo de uma sensibilidade a mais do que a comum para não termos surpresa durante os saltos, e que para nosso objetivo maior que é estar preparado para situações de emergência, saber onde pisamos é uma chave de ouro.
No começo fazemos isso naturalmente, e com a experiência aprendemos que determinadas superfícies são mais escorregadias, ou mais aderentes. Sabemos que esse tipo de Percepção nos é necessário, e que pode nos manter longe de acidentes. Mas uma vez que treinado, esse tipo de habilidade pode ser ampliada de uma forma fantástica, tocar as superfícies, sentir e absorver esses padrões deve se tornar um hábito, até tudo isso ficar automático, e você simplesmente saber se pode fazer ou não um salto para determinado lugar apenas com a análise visual, sabendo se vai escorregar demais, ou aderir demais.
Brutalidade e Força
Como sempre faço questão de dizer, poucas pessoas são tão fortes como os tracers. Temos algum distúrbio gerado pela forma com que nos desenvolvemos, e que faz nosso referencial de força, esforço, exercício físico e dedicação serem um pouco deturpadas. É muito comum tracers fazerem séries longas de exercício que parecem mentira para as pessoas de fora, quem não está nesse meio se assusta com o que fazemos.
Tracers buscam sempre alcançar o máximo de força possível, e todo mundo dentro do parkour acha que pode ser cada vez mais forte, e fazer cada vez mais coisas, ou você conhece muito mais gente que se junta com os amigos num domingo para fazer 500 flexões? ou 100 repetições de algum movimento? carregar o amigo escada acima, correr descalço, fazer barras com 10/20 kg extra? Tudo isso pelo simples prazer de fazer, de uma forma até sádica, tracers tem prazer no suor, e no esforço. Todo mundo se espanta com os feitos executados pelos tracers, e esse espírito é o ponto máximo do Parkour para mim. Buscar ser o mais forte possível, sempre.
Temos uma capacidade de ir atrás do que queremos invejável, acreditamos em um objetivo e trabalhamos arduamente pelo menos objetivo por meses, simplesmente para fazer um único movimento, ou um obstáculo especifico. Não viramos as costas e vamos embora, permanecemos fazendo 10, 20, 100, 300, 1000 repetições, não simplesmente até conseguir, mas até fazer da forma mais limpa e perfeita possível, o importante não é só acertar, mas tornar tão natural que seja impossível errar.
O que devemos buscar
Tracers em sua maioria são formados na rua, no asfalto, com as mãos sangrando pelos calos arrancados no muro, com muito suor e sujeira. Aprendemos a ser resistentes e menos frescos, saímos da nossa zona de conforto, das roupas limpas, da calçada e da escada, e passamos a enxergar um mundo bem mais completo e cheio de aventuras, descobrimos uma nova dimensão dentro do mundo aonde sempre vivemos, e que agora nos fascina por sua total complexidade.
Falamos muito em um Parkour simples e direto, buscando eficiência e e agilidade, mas tudo isso gera um reflexo em nossas vidas pessoais que sabendo como buscar, compartilhando, podemos aproveitar muito mais. Devemos ficar atento para os aspectos secundários do Parkour, e aos benefícios extras que conseguimos durante os treinos. Existem vários outros além dos que citei, lembra de algum? compartilhe!
(1) Mindset = algo como a forma de pensar, a mentalidade envolvida.
(2) Awareness: Serve para descrever um estado de consciência, de percepção, da capacidade de perceber as coisas ao seu redor.

domingo, 19 de junho de 2011

Salto de Precisão




INTRODUÇÃO
O salto de precisão pode ser definido como o salto realizado com ou sem balanço para atingir determinada distância.
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TÉCNICA
Não existe uma técnica particular, é necessário trabalhar bastante bem o salto em comprimento para conhecer os passos a e a coordenação necessária.

Quando se salta para atingir um pequeno obstáculo, é necessário ter em atenção que a recepção deve ser feita o máximo possível na ponta dos pés, sem colocar em perigo o praticante.

É de lembrar que quanto mais correcta for a utilização das pernas e dos braços neste movimento, maior será a distancia alcançada. As pernas não devem dobrar num ângulo abaixo dos 90º servindo como que de mola ao movimento e os braços devem puxar o corpo na direcção desejada, quanto mais esticados estes estiverem, maior o alcance.
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Fonte

Rolamento




INTRODUÇÃO
O rolamento pode ser definido como o amortecer da queda, rolando desde o ombro até á anca do lado oposto, com o objectivo de dispersar a energia vertical em horizontal.
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CONSELHOS
O enrolamento deve ser sempre bem efectuado, enquanto as outras técnicas têm sempre uma margem de manobra, um rolamento mal efectuado causa dor imediata.

O rolamento de ginástica é extremamente desaconselhado. Estarás a rolar sobre a coluna no chão em betão ou cimento depois de uma queda de vários metros, pelo que o enrolamento deve ser o mais lateral possível.

Em casos raros o enrolamento pode servir para amortecer a queda vindo em mergulho, ou seja, de cabeça primeiro.
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TÉCNICA
A aprendizagem deste movimento pode demorar anos até estar totalmente controlada, portanto não te surpreendas se ao fim de um mês de treino ainda não conseguires efectuar o rolamento em condições.

É preciso "rolar" e não colocar as partes do corpo em bloco no chão, o mais provável é nas primeiras tentativas magoarmos a zona lombar junto aos ilíacos se treinarmos isto em chão duro.

Este salto não implica:
  • cair no chão, depois amortecer com os braços e depois enrolar;
  • bater com o joelho no chão;
  • bater com o ombro ou a cabeça no chão.
Uma vez que pensamos ter o movimento controlado, este deve ser treinado em diversas situações, em "sprint", no betão, sem velocidade horizontal, etc.

Este movimento deve, tal como todas as técnicas, ser alvo de adaptação e procurar movimentos de acordo com a sua morfologia. Experimenta variar para poder criar a tua própria opinião.
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EVOLUÇÃO
O enrolamento aqui explicado deve ser seguído por todos os iniciados no mundo do parkour. Este serve sobretudo para dispersar a energia de pequenos saltos sendo que, quando a tua prática no parkour evoluir e começares a praticar saltos de alturas consideráveis, a tua técnica de enrolamento deverá também ter evoluído a partir da técnica aqui ensinada. Ou seja, tens de conseguir adaptar o enrolamento à medida que aumentas a altura do teu treino.


Fonte